Dá sim para viver de música

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Ao contrário de todos os textos negativos que lemos no Facebook, ou em qualquer rede social, sobre a vida de um artista, hoje vou mudar um pouco a linha de pensamento tradicional e focar nas coisas boas.

Dá sim pra viver de arte. Não estou dizendo que você vai ter o carro do ano, uma cobertura em Copacabana ou visitar a Europa a cada 6 meses, mas, se você parar pra pensar, quantos trabalhadores conseguem ter / fazer isso, né?!

O que quero dizer é que, assim como qualquer outro emprego, você precisa se dedicar, estudar e, principalmente, procurar as mais diversas vertentes dentro da sua arte para poder sobreviver. Sucesso não vem para quem tem o tal do dom, mas sim para quem se esforça, se dedica e estuda!

Como exemplo, vou relatar minha própria experiência. Sempre trabalhei com outras coisas, às vezes deixando de lado shows, ensaios, estudos, para poder me dedicar ao trabalho que tinha na época. Por mais que eu gostasse do que estava fazendo, nunca me senti realizada profissionalmente. Ganhava bem, sabia o que estava fazendo, mas faltava alguma coisa.

Por duas vezes tentei trabalhar fora da música. Por duas vezes eu falhei. As duas vezes que fui demitida casam com aquele ditado “há males que vêm para o bem”.

No começo a gente fica meio desesperado mesmo, pensando “meu Deus, como vou pagar minhas contas?” Foi quando me dei conta de que eu SEMPRE tive o que precisava pra viver: a minha música, a minha voz. Então eu me dediquei, estudei (e ainda estudo muito) e decidi que iria viver disso.

Claro que nada é um mar de rosas. Na minha primeira demissão eu tinha um EP pra terminar e dinheiro ZERO pra pagar! Foi aí que decidi que iria começar a dar aulas e canto (coisa que jamais imaginei) e, graças a Deus, as coisas começaram a andar e, incrivelmente, eu passei a amar ensinar aos outros um pouco do que sei. Na minha segunda, eu estava terminando de montar um estúdio/produtora. Veja se não é o destino. Acabamos a reforma e, na semana seguinte, me mandaram embora. Isso foi um presente de universo. Hoje tenho tempo para me dedicar a produtora e ajudar outros artistas a realizar seu sonho.

Minha renda caiu? Caiu, não vou mentir, mas eu estou apenas começando! Tenha consciência disso: em uma empresa, ninguém começa sendo diretor, por que na arte seria diferente? E, por mais que seja realmente difícil viver de música no Brasil, pela primeira vez descobri o que é a tal a realização profissional. E isso, amigos, é demais!

Eu aprendi a me virar fazendo o que eu amo e, quando nós fazemos o que gostamos, a tendência é estar em constante crescimento e aprendizado.

Para finalizar, vou deixar uma reflexão aos amigos e colegas artistas: o “chegar lá” e o “sucesso” são relativos. Você pode achar que chegou lá e se acomodar, ou você pode se dedicar cada vez mais e “chegar lá” várias vezes. Eu escolhi o “chegar lá” infinitas vezes, porque na medida que as metas são alcançadas, o “lá” ganha um novo destino.

E você? Quantas vezes vai querer chegar lá?

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